Para reflexão sobre as novas tecnologias, uma dupla de cantadores de repente e sertanejos, traduz com sabedoria e poesia este tema.
O Planeta movido à internet é escravo da Tecnologia
“O visor como tela de TV…
O teclado acessível como book…
Pra maiúsculo ou minúsculo é Caps “Lock”…
Pra mandar imprimir é Control P…
Com o micro Sansung e LG
E os programas que a Apple financia…
A indústria da datilografia
Nunca mais vai fazer máquina Olivetti…
E o planeta movido a internet
É escravo da tecnologia…
Quem se pluga em milésimo de segundo…
E se conecta ao portal e seus asseclas…
Basta apenas tocar numa das teclas
Que o visor nos transporta a outros mundos…
Desde a terra dos solos mais fecundos…
Ao espaço onde o vácuo se inicia…
Quem formata depois cola, copia
E prende o mundo na grade de um disquete…
O planeta movido a internet
É escravo da tecnologia…
A indústria se auto-destruindo…
Descartou o compacto e LP…
Veio o surto da febre do CD E DVD
Mal chegou e já está saindo…
MD não há mais ninguém pedindo…
Numa DAT gravar ninguém confia…
Fita BASF tem pouca serventia
E ninguém quer mais nem ver videocassete…
E o planeta movido a internet
É escravo da tecnologia…
Brasil SAT é mais uma criação
Que nos nossos vizinhos deu insônia…
O Sivam espiona a Amazônia
Evitando que haja outro espião…
É por via satélite a transmissão
Que não tem transmissão por outra via…
Uma antena seqüestra a sintonia
Pra DirecTV, Sky e Net…
O planeta movido a internet
É escravo da tecnologia…
Transatlânticos no mar fazem cruzeiros…
E pelos micros das multinacionais…
Hoje tem conferências virtuais
Com os executivos estrangeiros…
O email é correio sem carteiros,
Tanto guarda mensagem como envia…
Os robôs usam chip e bateria
E videogame é brinquedo de pivete…
E o planeta movido a internet
É escravo da tecnologia…
Cibernética na prática e no papel
Deixa os seres online e ganham IBOPE…
Com Word tem Palm e laptop
E ainda mais PowerPoint e Excel…
É possível quem mora em Israel
Pelo Messenger teclar com a Bahia…
Se os autômatos ganharem rebeldia
Tenho medo que a máquina nos delete…
O planeta movido a internet
É escravo da tecnologia…
Pra prever terremotos e tufões
Os sismógrafos têm números numa escala…
E o trem-bala é veloz como uma bala
Numa linha arrastando dez vagões…
No Japão e na China as construções
Já suportam tremor e ventania…
Torre, ponte, edifício, rodovia
São perfeitos do jeito da maquete…
E o planeta movido a internet
É escravo da tecnologia…
Nosso pouso na lua foi suave,
Um robô foi a Marte e se deu bem…
Estão querendo ir ao Sol,
Mas o Sol tem de calor um problema muito grave…
Mas a NASA não tem espaçonave
Que suporte essa carga de energia…
Se for feita de fibra, se desfia,
E de alumínio o monstrengo se derrete…
O planeta movido a internet
É escravo da tecnologia…
Motorola trocou técnica e conselho,
Nokia e Siemens galgaram patamares…
Já estão fora de moda os celulares
Que têm câmera e visor infravermelho…
Reduzindo o tamanho de aparelho,
A Pantech fez mais do que devia…
Que a memória de um chip não podia
Ser mais grossa que a lâmina de um Gillete…
E o planeta movido a internet
É escravo da tecnologia…
Hoje a Bombardier não fere as leis
E a Embraer mãe de Sênecas e Tucanos…
Invísivel aos radares há dois anos,
Já existe avião que a Sukhoi fez…
É da Nasa o XA-43
Que voando tem mais autonomia…
Um piloto automático opera e guia
O Airbus e o 747…
O planeta movido a internet
É escravo da tecnologia.”
Os Nonatos
sábado, 25 de abril de 2009
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